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30 de dezembro de 2008

O Poder da Beleza

O PODER DA BELEZA



Mal te vi fiquei com os olhos pregados em ti, pairei e de repente deu-me uma vontade louca de poder mergulhar nessa lagoa e poder ir pousar a cabeça junto de ti, para descansar desta vida desconchavada
Boiar ao teu lado envolvida pelas tuas folhas, brincar, enrodilhar-me nelas e, ouvir-te contar murmurando baixinho, os segredos que tens guardados
Saber que as tuas pétalas, tão cheias de sol, me iriam afagar a cabeça, durante o tempo que se desenrolasse a história que me continuarias a murmurar, nessa linguagem de flor que só alguns têm o dom de conhecer
Aprender a reflectir-me como tu nenúfar de amarelo vestido, que lutaste com garra para vires do fundo dessas águas paradas, florir, para nos encantares, sem nunca perderes a serenidade e que espriguiçando-te, pintalgas o lago com laivos da tua cor, sem nos deixar ver as marcas dessa luta
E fiquei a admirar sorrindo, esse quadro de exuberante cor e vida.
Deixei-me envolver nessa riqueza de tons, que só existe na Natureza e, que nos dá a medida exacta do que somos.
Então veio-me à memória agradecer, a quem tem a sorte de tão bem te saber olhar, para assim te poder captar.

Texto escrito por: Claras Manhãs
Blog: Claras manhãs
"Todos os direitos de autor reservados"

Desejo a todos os visitantes e amigos deste blog um ÓPTIMO 2009 e que todos os vossos desejos se tornem realidade no Ano Novo que se avizinha!

Myspace Comments, Glitter Graphics at GlitterYourWay.com

15 de dezembro de 2008

À Partida da descoberta…

À partida da descoberta …

Pintei o meu pequeno mundo

Num mosaico imaginário


Feitos heróicos

Viagens

Descobertas


Lutas desiguais

Batalhas ensanguentadas

Num mural feito em pedra


Fito, atentamente, o desenho geométrico

Embarco na bússola do tempo

E fundo – me no emaranhar

Das ondas

No latejar dos trovões

Que, ininterruptamente,

Me arrastam para a tropelia de corpos

Semi – desnudos

Tentam, em vão,

As velas quinhentistas apaziguar


Por fim

Avisto, ao longe, terra …

O mar está sereno

Rumo face à aventura


Há uma panóplia de línguas

Por explorar

Culturas ancestrais por assimilar

A minha pátria

Neste pequeno mosaico

Representar


A sangue

Em tons de canela

Ouro

Seda

Marfim



Desperto deste sonhar acordado

Oiço ao longe a próxima excursão de turistas

Aproximar – se

Vêm à procura do conhecimento



Boa tarde

Eu sou o Joaquim

Serei o vosso guia


Esboço um sorriso rasgado

Ajeito, num ápice, a gola da camisa

Afinal há que ter orgulho em ser Português!


"Todos os direitos de autor reservados"



7 de dezembro de 2008

Pequeno Paraíso

Pequeno Paraíso


«Tu chamaste-me a um lugar fugidio onde a alma se aquieta e o tempo se perde. Entre o silêncio cúmplice dos nossos olhares, apenas o sussuro das águas. Uma pequena nascente brota por entre folhas, anunciando o renascer contínuo da natureza. Nesse invulgar recanto, ofereci-te um longo e reconfortante abraço. Essa sensação de proximidade, pertença e comunhão, misturada com o cheiro da terra molhada e a pequena brisa de ar fresco e outonal, fez do nosso abraço um momento único.O tempo passou e desse abraço, a lembrança. E agora vê como o tempo continua a fluir, tal como a água nascida daquele solo fértil. O nosso momento fugaz e tão belo tornou aquele lugar, um jardim secreto, de emoção sentida e liberta. Nesse pequeno e ímpar paraíso, eu e tu lemos a mesma linguagem do desejo e partilhámos o mesmo sentimento.»

Por: Carla Sofia
Blog: Universos Questionáveis
"Todos os direitos de autor reservados"

26 de novembro de 2008

Espiral do tempo

Espiral do tempo

Curiosa...sempre tinha sentido essa comichão na ponta do nariz que a levava a ser um pouco indiscreta.

Não era por maldade, apenas gostava de saber o que se passava do outro lado do muro. Acreditava que um dia encontraria uma outra cor para o céu, num desses seus olhares fugidios.

Não que desgostasse desse azul que unia num abraço sem fim o céu e o mar, mas porque achava que sendo o mundo tão grande haveria por certo um outro tom para pintar o seu céu.

E assim trepava às árvores mais altas, espreitava por todos os buracos que encontrava, subia aos muros mais íngremes...mas apenas as tonalidades de azul variavam.

Cresceu com os dias que se tornaram anos e o seu sonho foi ficando adormecido naquele baú que guardava nas paredes escuras do sótão.

As cores murcharam com as estações que já não brincavam com ela, o mar afastou-se do céu e deixou de ser o seu confessor das horas melancólicas...perdeu-se na espiral do tempo que a afogou em compromissos e sorrisos apagados.

Cansou-se, cansada do esboço que tinha delineado para si...sentia-se igual, cópia das cópias que a confundiam e naquele dia tão igual a todos os outros encontrou um buraco como aqueles que lhe faziam brilhar o olhar na sua infância...parecia um óculo para um outro mundo!

-Não entressssssss

O eco invadiu todo o espaço. O grito soou aflito aos seus ouvidos, mas agora já era demasiado tarde.

O espaço era o seu e seu era também o corpo que se moldava numa panóplia infindável de sensações estranhas.

Lembrava-se perfeitamente do momento em que tinha decidido entrar naquele túnel que lhe pareceu sem fim.

Entre o desconhecido e a pálida certeza dos dias iguais apostou no risco da diferença.

Agora enquanto a descida se processava entre cambalhotas e suaves deslizes aquela voz seguia-o sem cessar!

Em melodias suaves mas persistentes convidava-a a regressar...a estar sem ser!

Mas ela sabia que voltar atrás era impensável tinha entrado numa espiral onde os círculos venciam, porque não tinham princípio nem fim.

Sempre tinha preferido os começos...como se os fins mais não fossem do que um vazio profundo de um tempo fora do tempo!

Já não tinha medo... afinal esse vazio não era tão escuro como pensava!

Na sua imaginação, na dança dos sentidos que não tinha perdido nessa fuga irreal conseguiu adivinhar um esboço de luz, como se de um pirilampo perdido num espaço sem tempo tivesse chegado até ela.

E aos poucos a luz feriu-lhe a visão, inebriou-o com um aroma desconhecido como um canto de sereia coberto de selvagens amoras de um rubro toque desconhecido.

Nas rugas daquele fim de tarde que pensou já ter vivido outrora descobriu que o Outono ainda não tinha chegado àquelas árvores que lhe serviram de paisagem de fundo para longas viagens num oceano onde as águas azuis se tinham tornado o seu caminho para a vida!

Por: Carla Marques
Blog: Palavras em desalinho
"Todos os direitos de autor reservados"

17 de novembro de 2008

eu quero!

eu quero!


eu quero o mundo! abrir os braços à vida que julgava perdida
quero palco, luzes, fama, aplausos e ribalta
quero amigos, conhecidos, companheiros, camaradas
eu quero o mundo! olhar em frente... vê-lo maior
quero abraços, vivas cores, amantes e amores
quero bichos, flores, ar puro e tudo mais que for
eu quero o mundo! desenhá-lo em plano... livre
quero limpar as ruas, vestir crianças nuas
quero aprender a colorir com as minhas mãos
eu quero o mundo! para to entregar em mão... ainda hoje... novo e esquecer o que ficou para trás!

Por: Luísa
Blog: Pin-Gente
"Todos os direitos de autor reservados"

29 de outubro de 2008

REDESCOBRIR O SAL

Este é o portfólio que enviei para o concurso "Novos Talentos FNAC 2008"; trata-se de um trabalho constituído por 25 fotografias sobre o Padrão dos Descobrimentos acompanhado de uma memória descritiva em prosa, trabalho realizado em conjunto com a M.

Este trabalho fará parte de um livro, a cargo da Editora Chiado, cuja previsão de lançamento será no 1º semestre do próximo ano, em breve darei mais informações sobre este assunto.

Portfólio

1. Uma janela, um passado

2. O olhar capta, a mente viaja

3. Por esse mar fora

4. Guiados pelo Infante

5. Partir é preciso

6. Heróis lendários

7. Madrinha enigmática de Portugal

8. Basta de Cruzes de madeira!

9. Padrões de pedra

10. Bartolomeu Dias


11. De trajes militares


12. Vasco, não largues o rumo!

13. Preparar o caminho

14. Seguir as estrelas

15. Amaram-se os céus, uniram-se os homens

16. Afonso, o de Albuquerque

17. Para onde queres que vá, Senhor?

18. Desejo de converter

19. Peregrinação

20. A pena do escritor
21. Décadas da Ásia

22. Cantando espalharei por toda a parte

23. A espada repousa na pedra

24. Conquistadores e conquistados

25. Redescobrir o sal

MEMÓRIA DESCRITIVA

REDESCOBRIR O SAL

Uma janela, um passado revisitado, recontado no verbo presente. Porque não? O olhar capta, a mente viaja. Que beleza pode existir em estátuas cinzentas para além dos pormenores do escultor? Empoleiradas no alto de um monumento não há ninguém que as chore. E a pedra encerra histórias tão imperecíveis como lendas que alastram pelos séculos. Tantas terão permanecido por contar…

Lusitanos de espírito aventureiro na audácia de transpor o imenso risco da expansão por esse mar fora, seguem na proa da Caravela guiados pelo Infante D. Henrique. Partir é preciso, partir e regressar de uma epopeia, palmilhar cantos inéditos, descobrir mundos novos com riquezas que as águas do mar separam de Portugal. Mal sonham que se tornarão heróis lendários.

A terra fica para trás, o porto é o areal estendido ao sol povoado de mulheres assistindo à partida das caravelas em pranto de lágrimas, desconhecendo o destino dos entes queridos no mar. O rosto da madrinha enigmática de Portugal que gerou os príncipes génios das Descobertas é o rosto das mães, das mulheres, das amadas em angústia que unem as mãos em oração pela protecção dos marinheiros.

- Basta de cruzes de madeira! - Diogo Cão navega pela costa de África com os padrões de pedra, a cruz no topo cravada no selo real marcará a presença portuguesa nas terras recém-descobertas. Entretanto, o rei chama o seu melhor escudeiro: Bartolomeu Dias tem de percorrer a costa africana traçando uma nova rota, a do tão sonhado Oriente. Com toda a coragem na veia, enfrenta mares furiosos e soberbos, converte as temidas Tormentas em Esperança num regresso em glória. No bolso, transporta a carta com uma rota traçada, afinal dois oceanos unem entre si a porta aberta para a Índia.

O mestre da Ordem de Santiago iria percorrer a rota triunfante. De trajes militares, Estêvão da Gama sonha comandar a armada para a Índia quando sente a inevitabilidade da doença e da morte: - Vasco! Não largues o rumo! - Pede o pai moribundo. Vasco da Gama aperta a espada na promessa de continuar o caminho marítimo aberto por Bartolomeu. Urge enviar emissários para preparar o caminho, recolher informações, experientes em técnicas de navegação e cosmógrafos que num olhar para o céu saibam seguir as estrelas.
Após um ano de viagem lutando contra forças de marés e tempestades desembarca no império do destino de corpo e alma. Um sonho não permanecera no ar, fora conquistado. Calaram-se as vozes dos mares intransponíveis, a tenacidade sobrepôs-se à tragédia. Amaram-se os céus, uniram-se os homens.
O império oriental português, reino das especiarias, fundeava-se sob o governo de um Afonso, o de Albuquerque – em Goa e Malaca encontram-se os pontos mais valiosos para o comércio, abramos as portas ao Oriente!

Paira um vazio nas terras conquistadas. Um sentimento de ausência. Os povos de religião estranha desconhecem a doutrina cristã. O Papa recebe o pedido de cedência de missionários para o Oriente.
- Há tanto para fazer. Para onde queres que vá, Senhor? – É a prece constante do jovem Francisco Xavier da Companhia dos Jesuítas. O vento ouve o apelo, embarcando-o destino a Goa. Nove anos de evangelização marcam a sua vida no meio dos nativos, desentranha mentes de infinita pluralidade aprendendo delas a língua, ensina grupos, etnias e culturas na sua diversidade. Um descobridor de povos. O breviário, o crucifixo e o espírito com imenso desejo de converter são as suas armas.

Um mercador aventureiro em expedição pelo Oriente desembarca junto aos portugueses. Fernão Mendes Pinto infiltra-se no meio dos Jesuítas e, tal peregrino, segue os passos de Francisco Xavier narrando o trabalho do jovem evangelizador na “Peregrinação” num estilo inconfundível, tão fantástico que leva a duvidar da sua veracidade. E algures, a pena do escritor João de Barros labuta com afinco desde as partidas às lágrimas, dos prantos nas caravelas aos gritos de triunfo nas chegadas. Gravadas a sangue e fogo nas sublimes “Décadas da Ásia”.

Um homem magro de rosto saliente caminha junto à armada de Pedro Alvares Cabral prestes a partir para o Oriente. Possuído do imenso desejo de embarcar, tornar-se pioneiro da grande aventura pelas rotas marítimas, toma a estrada para a belíssima obra dos Lusíadas cantando o peito ilustre lusitano numa sensibilidade própria, crua, sofrida e esperançosa adivinhando a glória dos navegadores. Camões encontra em Goa a inspiração para se tornar poeta da Humanidade: – cantando espalharei por toda a parte – é a expressão do sentir da alma retratando quase sem fôlego a epopeia dos lusitanos nas terras e nos mares.

E porque já não existem Índias por descobrir, a espada repousa na pedra, os guerreiros de outrora permanecem de olhos postos no horizonte eternamente conquistadores e conquistados numa História que resiste aos séculos.

Importa nem que seja numa réstia de sonho, chegar lá, aos lugares que contam, sentir na pele os mesmos salpicos de mar, mesclar os suores e os prantos e da esperança nascida, redescobrir o sal.



P.S. - A edição de 2008 do Prémio Novo Talento Fnac Fotografia recebeu 176 candidaturas.


Reunido durante os meses de Setembro e Outubro, o júri constituído por Fátima Marques Pereira (professora), António Pedro Ferreira (fotojornalista), António Júlio Duarte (fotógrafo, membro do colectivo kameraphoto), Sérgio B. Gomes (editor do Público Online e autor do Blog Arte Photographica) e Miguel von Hafe Pérez (crítico de arte e comissário de exposições), atribuiu o Prémio a Hugo Rodrigues Cunha, pela sua proposta UM PONTO EXACTO PARA VER.


Os portfólios “A & J” de José Carlos Duarte e “10 Retratos, 10 Esculturas” de Alexandre Delmar foram distinguidos com uma Menção Especial.


Como o meu trabalho não foi um dos premiados a Fnac deu-me autorização para o poder expor seja no blogue seja na edição do livro ou numa exposição que venha a fazer.

Texto Por: M.
"Todos os direitos de autor reservados"

23 de outubro de 2008

O menino, a viola e o sonho

O  menino, a viola e o sonho

O menino apressa o passo
Olha a rua, os muros grafitados
Mas seus pensamentos voam
Por onde caminha não sente o chão,
As pedras, a brisa morna da tarde.
O peso que carrega nas costas é leve
São algodões de sonhos e esperança
Sua vida dura é o peso que lhe faz suar
Todas as agruras, enxugadas pela viola
Pensa na mãe que com carinho o espera
Após um dia de intenso trabalho
Para que seu filho possa sonhar
Ele, a sua esperança e vida
Ela, a que o abençoa todos os dias
Para que possa fazer dos seus sonhos
Realidade, promessa de vida melhor.
A melodia o acompanha
Enquanto sonha, a caminho de casa,
Um mundo melhor.

Por: Desnuda
Blogue: SamDesnuda

"Todos os direitos de autor reservados"

8 de outubro de 2008

INOCÊNCIA ANGELICAL

INOCÊNCIA ANGELICAL

Criança … teu olhar me encanta!
És mesmo genuína e muito angelical!
Desfrutas a vida sem te aperceberes do mal
É para ti que esta onda do mar canta!

Sujas as mãozitas para brincar
O teu copo tem um ar angelical
Como o teu olhar é tão divinal
E dás tanta beleza ao azul do mar!

Brincas na praia, na areia molhada
Teu corpinho inocente tem leveza
A tua infância tem muita beleza
És um anjo protegido por uma fada!!!

Por: Lenita Nabais

Galerias: Fotogénico
Olhares
"Todos os direitos de autor reservados"

1 de outubro de 2008

Anax imperator

Anax imperator

Quer acreditem, quer não, sou um enigma com milhões de anos. Apareci na Terra primeiro que o Homem e o meu corpo tinha setenta e cinco centímetros de comprimento. Sim senhores, setenta e cinco! O maior insecto de todos os tempos! Voava pelas florestas pantanosas com as minhas belíssimas asas cheias de nervuras, planando graciosamente a altas velocidades por entre os grandes dinossauros, fui testemunha do seu apogeu e da sua extinção. Como sobrevivi ninguém sabe, mas hoje tenho mais de cinco mil espécies na minha família espalhadas pelo mundo inteiro e somos os insectos com o aparelho de voo mais perfeito que existe. Fazemos inveja aos pilotos dos aviões com as nossas acrobacias aéreas.

A minha espécie chama-se Anax imperator, vivo nos locais com águas por perto porque só aí posso caçar e prolongar a minha descendência pousando as larvas na água. Acontece que somos cada vez menos porque andam a poluir as águas com químicos que destroem as larvas. O fantasma da extinção paira sobre nós há duas décadas e se nada for feito as próximas gerações só nos conhecerão pelas imagens captadas por pessoas como o Nuno. Porque depois de morta, as minhas lindas cores desaparecem e o meu corpo adopta um cinzento cor de farda. Olham-me e não vêem o que já fui. Depressa sou esquecida.

O meu nome é libélula. Simplesmente libélula. Encontrava-me a sobrevoar as águas caçando mosquitos para me alimentar e uma das asas bateu mal encharcando-se. Não conseguia voar. A mão do menino salvou-me. Ninguém daria pela minha falta mas estou feliz por estar viva e ainda poder voar…

Por: M.
Blog: Citadel
"Todos os direitos de autor reservados"

21 de setembro de 2008

Parti...

Parti

Não sei há quantas semanas parti….
………Já nem sei o que vim descobrir…
Parti entusiasmado
………. Iludido com promessas de ouro e terras com fartura…
Ninguém me falou dos dias e dias sem ver terra…
……….Do sol que queima os lábios e as faces…
Da sede e da fome que fazem com que um homem enlouqueça…
……Dos enterros no mar…
Bem dizia o meu Pai para não partir…
………Eu quis seguir o sonho do Príncipe…
Queria ser Príncipe também….
………. Nada serei agora……….

Por: Marta Vinhais
Blog:
Minha Página
"Todos os direitos de autor reservados"

3 de setembro de 2008

O que é o amor?

O que é o amor?

O que é o amor?

O que é que eu sinto,
Não sei explicar,
Que queima por dentro,
Não consigo explicar.

Será um sentimento,
Ao apenas um sonho,
Eternizar este momento,
Deixa-me tão risonho.

Que amor louco,
É este que eu sinto,
De quando em vez sabe a pouco,
Outras, amarga com absinto.

Será o amor um sentimento?
Ou um estado de espírito?
Para uns é um tormento!
Para outros um conflito!

Deste-me um lindo beijo…
Que me deixou a tremer,
Despertou em mim o desejo,
De te amar e querer.

Amar é: Saber…
Saber dar… sem nada em troca esperar.

Saber libertar… sem nunca retaliar.

Saber esperar… sem pressa de alcançar.

Saber consciencializar … sem promessas quebrar.

Saber abdicar… e continuar a amar.

Por: Emanuel Azevedo
Blog: Emanuel Azevedo Fotos
"Todos os direitos de autor reservados"

8 de julho de 2008

Vamos viver até aos 100 anos!

Vamos viver até aos 100 anos!

- Pai!
- O pai tem que acabar este artigo, filhote!
- Mas olha como correm estas sapatilhas que me diste!
- As sapatilhas correm? Como assim? Julgava que eram as tuas pernas!
- E são! Mas com estas sapatilhas é que eu corro muito, a toda a veçolidade!
- Velocidade, Campeão! E não é diste, é deste!

….

- Não voltes a dizer isso! Vamos durar até aos 100 anos, meu Amor! – E disfarçava a lágrima que teimava em querer toldar-lhe o olhar e que não deixava vê-la.
- Até aos 150! – Dizia-lhe, enquanto lhe pegava na mão e a levava à face, fechando os olhos.
- Estás cansada? Queres dormir um bocadinho? Eu corro a persiana para ficar o quarto na penumbra!
- Está muito sol? – Perguntou-lhe, voz suave, enrolada num cansaço que já não disfarçava. Não havia segredos, entre os dois.
- Está ameno, meu Doce! Finalmente chegou a Primavera! Queres água ou um chá fresquinho?
Ia deixando que ela afagasse com a sua mão na dela, o rosto, sentindo no gesto, a vontade que ela sempre mantinha, de que ele a sentisse, a tacteasse…
- Estou bem. Estás aqui, comigo. Estou mesmo bem. Importas-te que feche os olhos, um bocadinho? Não te esqueças de que hoje o João tem ginástica. Ele levou o chapéu?
- Não me esqueci, fica sossegada. Vai a minha irmã levá-lo! Sabes o quanto ela gosta do miúdo! Eu pus tudo na mochila e recomendei-lhe que lhe pusesse o chapéu.
- Sei. – Sorriu – Mas também sabemos os dois a quem sai o nosso pequeno, não é? A ti, passado a papel químico, meu doce! E que o chapéu vai ficar na mochila e a tua irmã não se vai lembrar de lho por. Ela estraga-o com tanto mimo! Diz-lhe que não lhe dê gelado, senão ele não vai jantar direito!
- Claro que digo!
Olhava-a, as lágrimas a correr, a queimar-lhe o rosto e um aperto tão grande, dentro dele! Como ela estava frágil!
- Ainda não te disse hoje que te amo!
- Eu já havia estranhado, Querida! Não é só o João que gosta de mimos, sabias?
Riram os dois, ela fez um esgar.
Ficou aflito! Ajeitou-lhe a almofada, e deu-lhe um beijo, doce, nos lábios.
Sentiu um prazer intenso, como se fizesse amor com ela, como se a sentisse a abraçá-lo, a sussurrar-lhe ao ouvido quanto o desejava. Naqueles segundos, voltaram a amar-se, ele entrando nela, sentindo-lhe o calor brando. Naqueles segundos, o tempo dum beijo, amaram-se intensamente. Eram um do outro, desejando-se tanto!
- Achas-me feia, não achas?
- Mas onde foste tu buscar isso, agora? Tu és a mulher mais bonita do mundo!
E já regressava ao passado, ao tempo da faculdade onde se conheceram, ao quarto que haviam alugado, uns meses depois, à desculpa que arranjaram para subirem e a dona da pensão a olhá-los, com um ar tão vivido!
- Conta-me! Quando me olhas assim, sei que estás a pensar.
- Não! Estava a olhar-te, sim, mas estava aqui, não estava longe de ti!

….

- Pai!
- Sim, filhote! Estou a ver-te correr e tens razão, essas sapatilhas são…
- São bué da fixes, não são? É como a tia diz. A tia é tão minha amiga, Pai! E tua!
Veio sentar-se ao seu lado, na relva.
- Olha, Pai, sabes uma coisa?
- Se me quiseres contar, vou saber.
Fechou o texto, no portátil e o ecrã encheu-se dum olhar dourado, meigo, frágil, duma cor que ele jamais esquecia.
- Eu sonhei, sabias?
- Sonhaste? – Perguntou, enquanto o sentava no colo.
– Se eu te disser uma coisa, não te zangas comigo?
A mãozita rechonchuda foi pousar-se na sua face. Ouvia-o mas aquele toque era tão cheio de um outro, por tão quente, tão enovelado de ternura…
- Não me zango, Campeão! Estou a ouvir-te, sou todo teu!
- Eu vi-te a chorar, Pai! Contei isso à minha prefossora. Ela é tão linda!
Sabia que a conversa ia ser difícil. Não a do seu filhote, mas as respostas que lhe queria dar, que teriam de ser como “Ela” lhe havia pedido que fossem…
- Professora, João! Ela gosta muito de ti e dos teus amigos todos!
- Pai, como é que a mãe falava comigo? Eu sonhei com ela, sabes? Era a mãe, mas a cara era a da Catarina. Tu não te zangas comigo, não?
O pai sorriu. Ele não era passado a papel químico dele, não era. Ele tinha aquela forma doce de olhar.
- São muitas perguntas ao mesmo tempo, João!
E enlevou-se a ver o miúdo a contornar o rosto na tela, aquele dedito a tocar os olhos meigos, o nariz, a fazer uma roda à volta daquela boca aberta num sorriso.
O João encostou-se no seu peito, e, sem o olhar, continuou, sem deixar que ele lhe respondesse.
-Estou a sentir o teu coração, Pai!
- Estás? É porque estás encostadinho a mim!
- Não! Estou a sentir o teu coração agarradinho ao computador! Porque é que não tens uma namorada? Podias pedir à Catarina. Ela não tem namorado que eu sei, eu perguntei-lhe!
- Filho, não ando à procura de namorada! Tenho-te a ti, tenho o meu trabalho. Não foste dizer nada à tua educadora, pois não?
- Estive quase, quase, Pai! Quando me sentei no colo para lhe contar o sonho, sabes? Ela fez-me tanta festinha no cabelo e deu-me um abraço. Não te importas pai, que eu tenha gostado de estar no colo dela?
- Deixou o filho falar. Sabia o que ele queria dizer, entendia tão bem que era mais do que natural que ele precisasse do colo de mãe.
Olhavam aquele sorriso que parecia querer sair do monitor.

….

- Vou correr um pouco a persiana, meu Amor!
- Faz isso, sim! Não te escondo que quero fechar os olhos.
Não me vais deixar nunca, não? Estou a lembrar-me de como te dizia, quando estávamos naquela pensão manhosa…
Riu-se enquanto o olhava.
- Não podias ter escolhido algo melhor? Afinal, era a nossa primeira vez, meu Amor!
- Nem tu sonhas a quantos amigos eu perguntei, mas, nenhum tinha a casa disponível. Todos nós estudávamos e todos nós estávamos em quartos alugados. Não podia levar-te e correr o risco de um deles entrar e ver-nos. Recordo-me que foi o Zé que me deu a ideia de alugar um quarto. Que ninguém iria reparar porque era uma zona…
- Nem me fales! Aquilo tinha um ambiente! Ainda estou a ver a cara da mulher a mirar-nos de cima abaixo! E o quarto, Amor, tu estás a ver aquele quarto? Era um pavor!
- Mas quando entrámos, deixou de ser! A vontade que eu tinha de te amar logo ali, ao subir das escadas. Mas contive-me! Tens que concordar que excedi todas as tuas expectativas, quando te peguei ao colo e te pousei na cama.
- Excedeste, sim! E como! Jamais esqueço!
- Perdoa! Jamais esquecemos!
Ela apertou-lhe ainda mais a mão, e do rosto, onde a havia pousado, levou-a ao peito. Ambos sabiam que ali estava o maior dos Amores, o maior dos sentimentos.
Não havia qualquer vazio, e aquele espaço, continuava belo, como se aquele seio ainda existisse, bonito, imaculado, beijado que fora por ele, pela sua boca, vezes sem fim!
- …Como te estava a dizer, não te “prenderia” jamais e que a palavra “nunca” não seria proferida por mim! Hoje abro uma excepção! Eu vou…mas nunca, nunca, te vou deixar!
Não conseguia articular uma palavra que fosse. Se o fizesse, ela perceberia o quanto ele chorava.
- Psssiut! Então? Onde está esse teu humor?
A mão dele permanecia no peito dela, sentia-lhe o pulsar do coração, transformava-o em música para que, com o som, ela não se apercebesse de que chorava. Fez um esforço para engolir tanto soluço!
- Hei, miúda! Olha que se me dizes isso, não te levo ao tasquinho onde jantámos, depois.
- Ainda existe? – Perguntou – Ainda! E o dono mandou-te um abraço e que só está à espera que lhe digamos quando lá vamos para ele te fazer aquele arroz malandrinho?
- Ai! Aquele Sr. Joaquim! Era um encanto de pessoa! Tratou-nos tão bem, recordas-te? Ofereceu a sobremesa. Como é que ele dizia que se chamava?
- Romeu e Julieta, Linda! Queijo com marmelada, em cima duma fatia de Boroa de milho!
- Era isso! Até parece que estou a sentir o sabor! Lembras-te? Ele dizia que ia mudar o nome, que ia passar a chamar-lhe “O Casalinho” porque nos via tão garotos, tão felizes!
- E estávamos! Foi um dia em cheio, aquele!

….

- Pai! Pai! Tu não me está a ouvir! Eu estava a falar-te da Catarina, da minha pressora.
- Estava a ouvir-te, sim, João!
- Tu estás a chorar! Ó pai, deixa-me limpar-te as lágrimas que o avô disse que um homem não chora!
- O avô disse-te isso? Mas um homem chora, filho! Claro que chora!
- Não! O avô disse que as sinhoras é que choram por tudo e por nada. Não vês a avó? Mal olha para a fotografia que tem, igual a esta que tens aqui no computador, ela chora!
E o avô dá-lhe mimos e diz para ela não chorar, que a mãe está lá em cima a olhar e que fica triste. Ele também me disse que até é por isso que chove, que é a mãe que está a chorar! O avô não mente, ora não, Pai?
- O avô não mente, não!
Ele estava deliciado a ouvir o filho! Que 5 anos mais bonitos ele tinha no colo! Que cinco anos tão parecidos com aquele sorriso que teimava em querer saltar do monitor!
- Então – e agarrou-lhe o rosto com as duas mãozitas – Também não vais chorar, prometes? Senão a mãe chora e já não podemos estar aqui porque começa a chover!
- Já passa, meu Amor! Vai dar mais uma corrida, vai!
- Mas prometes que pensas naquilo que te disse?
- Naquilo o quê, filho?
- Vês? Eu bem disse que num tavas a ouvir nada do que eu te estava a contar! A Catarina, Pai! A Catarina!
- Eu ouvi, sim! Olha, vamos fazer uma coisa gira, queres?
- O que é?
- Vamos passar na florista, amanhã, antes de te levar à escolinha, e, compramos-lhe uma flor e tu dás-lha, que dizes? Achas bem?
- E digo que foste tu que diste?
- Não. A flor é um presente teu! Vais ver como ela vai gostar!
- Mas eu…
- Mas eu nada! Vai dar uma corrida, vai, que depois temos que ir, que os avós estão à nossa espera ou já te esqueceste que a tua tia chega hoje e que traz o Rui, e vais brincar com ele?
- Eia!!! Já num lembraba-me dixo, pá! E trouxeste os carrinhos para eu brincar com o Rui?
- Trouxe! Estão no carro! Vá, pira-te!

….

-Manel! Manel!
Ele havia adormecido, cabeça no colo dela! Olhou-a, estava tão serena. Dormia, mão dada com a dele!
- Manel! Vem, Manito! Já telefonei aos pais. Já fui deixar o Joãozinho a casa da Joana!
- Porquê? Mas o João tem ginástica! Não o levaste à ginástica porquê? A Ana queria tanto vê-lo! Só me pediu para dormir um bocadinho mas que a acordasse quando chegassem. Bolas, Rita! Fico danado quando não me dizes nada e resolves tudo a teu belo prazer! Tinhas algum encontro, era isso? Telefonavas, e, eu ia buscar o João!
Nem notava que a irmã chorava já tanto.
- Manel, a Ana adormeceu mesmo!...
A Rita soluçava agarrada ao irmão e não conseguia continuar.
- Pois adormeceu! Sabes que ela se cansa imenso, agora! Mas vai ficar melhor!
Deixa-me! Estás agarrada a mim, porquê? ‘Tou fulo contigo, Rita!
- Manel, vais ter calma? Estou a tentar dizer-te…
Foi quando ele olhou bem a Ana, a sua Ana! Tão serena, tão calma!
Não! Impossível! Não podia ser! Só estava a dormir…Era! Só estava a dormir!
Eles prometeram que duravam até aos 100 anos!
-Mano, já está tudo tratado.
Já não ouvia nada! Sentia um aperto enorme, queria desaparecer, ir com ela, com a sua Ana…
-Deixa-me! Deixa-me, Rita! SAAAAAAAAAI DAQUI, JÁ!
Não conseguia dizer nada, não queria, ela só estava a dormir, ela prometeu!
-Ana, não me deixes! Ana, promete que só estás dormir, e que vamos falar mais, e que vais pegar na minha mão!
E chorou tanto, encostado a ela, sobre o seu peito, tentando ouvir a música, o pulsar do coração que ele amava tanto, tanto. Deu-lhe um beijo, e, naqueles segundos, amaram-se, desejaram-se, ele entrou nela, sentindo o calor brando e sussurrou-lhe ao ouvido que nunca, mas nunca se deixariam!

….

Fechou a mala do portátil, levantou-se, abriu a mochila e olhou o chapéu e sorriu, e, tal como fazia desde aquele dia, em que adormeceram, levou o pensamento até ao dela:
- Só não tinhas razão numa coisa, Ana! O João não é parecido comigo. O João és tu, sempre que o sento no colo e te sinto, quando se encosta ao meu peito e eu ouço a nossa música, o pulsar do teu coração! E sim, meu Amor, prometi-te! Te garanto que nunca te vou deixar!
Viu o miúdo a correr, feliz! Não se podia esquecer de ir à florista amanhã!
- João! – Chamou – Vamos? Despacha-te, filhote! Os avós já telefonaram e a tua tia já chegou, e, nem tu sabes, o que tens para sobremesa!
- É gelado, que eu xei! É o gelado que a Tia Rita aprendeu a fazer com a mãe!

UMA SINCERA HOMENAGEM A TODAS AS MULHERES QUE, MALOGRADAMENTE, NÃO CONSEGUIRAM "VENCER" O CANCRO DA MAMA. MERECEM POR TUDO SER EXALTADAS POR TODOS POIS QUE FORAM TAMBÉM ELAS, AUTÊNTICAS GUERREIRAS, E, LUTARAM, LUTARAM, LUTARAM!!!!POR VEZES, A VIDA PARECE SER TÃO INJUSTA!QUE AQUELE LAÇO COR DE ROSA SEJA UMA CONDECORAÇÃO PARA TODAS!

Por: Cristina Miranda
Blog: Os Meus encantos

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27 de junho de 2008

é daqui que sou

é daqui que sou

é daqui que sou. deste lugar encerrado onde abro o teu olhar. rente ao sossego maior. desvendas-me. pela renda do silêncio. ________________________ és-me aqui o próximo sempre distante. lugar da existência. onde não te desisto. resisto-me.
pela figuração do portal da serenidade.pelas idas sem regresso. pelas cartas sem remetente. como aguarelas macias.______________________________é daqui que sou. deste entendimento de sementes onde me ofereço.em recato. iniciático. ___________________________________________________

Por: Isabel Mendes Ferreira
Blog: Piano

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E porque nada acontece por acaso.
Nem os atrasos. Nem as datas. Há sempre uma mão invisível que opera o Universo das coisas, em curvas ou linhas rectas. E as linhas de Isabel Mendes Ferreira são empregues miraculosamente como estrada que liga o verbo em criação. Espontânea. Doce. Intensa.
A intensidade com que nos presenteia hoje, em data especial.


Para IMF, um abraço e votos de Feliz Aniversário.

17 de junho de 2008

NÃO CRESÇAS MAIS

Grifo

Não cresças, por favor, linda menina!
Fica assim como estás, eternamente:
Pura, meiga, carinhosa, pequenina,
Doce, louca, descarada, inocente.

Faz diabruras e continua traquina,
Engana-me e ri-te na minha frente,
Os teus enganos têm a graça divina,
De me enganarem e eu continuar contente.

Deixa soltas as tuas, louras, penas,
Sem laços e sem fitas a prendê-las,
Esvoaçarem ao vento livremente

Continua a vestir saias com folhos
E deixa que esses teus, bonitos, olhos
Continuem meu espelho,permanente.

Por: Fernanda
Blog: Fernanda & Poemas

Lisboa,31 de Maio de 2008
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11 de junho de 2008

Um Dia

Photobucket



Um dia, há muito, muito tempo, o “Eu Sou” sentado no seu trono resplandecente, viu que a Estrela da manhã estava diante dele, curvada, em atitude de adoração. Fez-lhe um sinal para que se aproximasse, e colocando-lhe nas mãos uma pequena caixa dourada, disse-lhe:

Dentro dessa caixa, encontra-se uma nova vida, extremamente preciosa, que para mim vale mais que o mundo inteiro. Irás soltá-la no espaço, direccionando-a, de modo a cair dentro do ninho, que a Nena e o Chê estão a construir, tão carinhosamente.

A estrela, obediente, assim fez.

O ninho foi construído com pequenas e finas palhinhas de amor, e forrado com suaves e macias penas de ternura.

Foi ali, que no tempo determinado por o “Eu Sou, eu me abri para Deus, para a vida e para o mundo.
Naquele ninho, eu aprendi tantas coisas tão belas! Como amar a Deus sobre todas as coisas, amar todas as pessoas do mundo, amar a natureza, amar todos os animais e todas as plantas.

E saí por aí… fitando o céu azul, e seguindo com os olhos as belíssimas aves, que voavam por sobre a minha cabeça, carregando palhas douradas das searas do Alentejo, nos bicos, para com elas construírem os seus ninhos no cimo dos postes, e nos troncos carcomidos das árvores.

E saí por aí… olhando as flores, e inalando o seu estonteante perfume, com todo o cuidado, para não pisar os pequeníssimos miosótis, que formam tufos que atapetam o chão.

E saí por aí… á procura dos ribeiros e das poças de água da chuva, para me sentar junto a eles nas margens, e de olhos fechados, ouvir a música suave, da água passando sobre as pedras, e o alegre coaxar das rãs.
E continuo sempre a sair por aí…nunca me canso de sair por aí! E espero durante muitos anos ainda… sair por aí.

E tudo, por causa daquele ninho, onde um dia, eu me abri para Deus, para a vida e para o mundo.

Por: Viviana
Blog: Olhai os lírios do campo
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4 de junho de 2008

Passeio em Lisboa

Passeio em Lisboa

Hoje decidi dar um belo passeio pela nossa linda Lisboa, entrei no Elevador de Santa Justa e começou a aparecer o Castelo lá ao longe, parei no tempo não no tempo do Castelo mas no tempo da minha adolescência onde o sonho era a Arqueologia.
Quando viajo na nossa história sinto uma pequena tristeza porque apenas passa de um sonho… quando for grande quero ser Arqueóloga… o sonho morreu… nem sempre podemos ir atrás dos sonhos.

Por: Sandra Rocha
Blog: Lente Oculta

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27 de maio de 2008

Paixão na natureza

Paixão na Natureza

Tinham chegado de mãos dadas àquele universo de verde.
Deitaram-se na relva húmida pelo orvalho da madrugada e inventaram formas nas nuvens que povoavam o céu azul, antes de moldarem os corpos à paixão que os dominava.
Inventavam nessas sensações cores novas numa paleta distinta que só a natureza oferecia e com a qual vestiam a sua nudez… e deixaram-se invadir por uma teia de sentimentos que crescia nos meandros das pétalas coloridas, onde o desejo se consumia num tom púrpura que cobria aquele amanhecer de descoberta.
Frémitos soltaram-se no ar e os aromas confundiram-se… um sorriso desenhou-se nos dois rostos quando observaram dois pontos vermelhos que sobressaiam aos seus olhos negros…

…afinal há na natureza estranhas cumplicidades… em forma de paixão!

Por: Carla Marques
Blog: Palavras em desalinho
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22 de maio de 2008

Árvores que amam

Photobucket

Nascemos de um modo parecido com Adão e Eva. Fomos mais felizes, porque não tivemos de ser expulsos do Paraíso, esse fomos nós que o construímos para nosso deleite.

Tu não foste feita de uma costela minha. Fomos nós que decidimos que éramos dois, passando já a infância em eterno namoro, sem nos conseguirmos distanciar, protegendo-nos um ao outro, com a copa ainda comum, das tempestades, dos humanos, da sede que às vezes esta terra nos traz. Tão depressa era eu que bebia, como te trazia a água que tu necessitavas.

Uns anos mais tarde decidimos que estávamos prontos para o mundo enfrentar, individualmente, embora não quiséssemos, por tanto amor nos termos, deixarmos para trás as marcas da nossa infância, da nossa adolescência, por isso separámo-nos, transmutando-nos, de ti me fiz homem, de mim te fizeste mulher, mas sempre juntos, protegendo-te eu do Sol e tu a mim do Vento.

Aqui estamos os dois, não será eternamente, mas enquanto a Natureza nos deixar e os humanos não derem cabo de nós, aqui estamos para mostrar que também as árvores amam, que morremos de pé, que não deixamos que nos abatam à primeira adversidade, que lutamos pela sobrevivência, que persistimos à terra agarrados.

Por: Claras Manhãs
Blog: Claras Manhãs
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13 de maio de 2008

"Foi aqui..."

"Foi aqui"

foi aqui...
aqui colhi a minha primeira flor!
voltei ano após ano a este verde prado
e aquela flor lá continuava
colhia-a outra vez
delicadamente
pelo pé
não a perdia de vista até a oferecer
e no ano seguinte voltava
e colhia de novo a mesma flor
tão igual
os anos passaram
e eu?
tão crescida
tão mulher
agora, que quem a recebia partiu
para que colho a flor?
neste prado verde aonde ainda venho
colho-a para a dar ao meu amor.

Por: Luísa
Blog: Pin-Gente

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7 de maio de 2008

Príncipe Feliz

Príncipe Feliz



Sinto-me como o Príncipe Feliz do Conto de Óscar Wilde….
Poderia falar do que vejo aqui de cima…
Deste pedestal ….
…………Domino o Mundo…
Uma posição privilegiada…
…………….Um Deus entre os Deuses…
Desbravei este Mar….
Não sou o Príncipe Feliz….
…………Nem vou desbravar novamente o Mar….
Ou baixar os olhos com vergonha, como o meu Pajem….
Vou continuar a olhar em frente…
A vergonha não é minha…
Mas sim de quem tornou o Mundo corrupto e amargo………..

Por: Marta Vinhais
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Acerca de mim

A minha foto
Nasceu na maternidade Bensaúde na freguesia da Nossa Sr.ª de Fátima em Lisboa, no dia 9 de Abril de 1966. Vive presentemente em Mem Martins, concelho de Sintra, distrito de Lisboa. Fotógrafo por paixão, desde bem pequeno sempre admirou os trabalhos de outros fotógrafos mas só de há dois anos a esta parte se dedicou a esta bela arte. Amador e autodidacta, tem tentando aprender os segredos da fotografia; fez recentemente um curso de iniciação à fotografia e pretende fazer mais alguns. Tem ainda aprendido com outros fotógrafos, observando e lendo muito sobre o assunto. Sendo hoje um hobby, gostaria de um dia poder ir mais longe, quem sabe ligado profissionalmente a esta área, hoje é administrador de um site de fotografias nacional: www.fotogenico.net, venha inscrever-se é gratuito. Realizou algumas exposições de fotografia (“Sorrisos” e “Mar”), doando o seu trabalho em prol de um projecto de ajuda aos Mininos di Rua em Cabo Verde. Tem algumas galerias na Internet e um blog onde vai dando a conhecer o seu trabalho. Fotografias de maior interesse: Paisagens, macros, mundo animal, retratos, pôr e nascer de sol, arte digital, desporto e acção, fotografia ligada à nossa história.

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