Houve um tempo em que o tempo parecia nem existir, como se o passado tivesse sido apagado e o futuro se apresentasse como mera miragem. Nesse tempo sem tempo, a mãe Natureza estava doente. Outrora, ela tinha sido senhora e rainha da Terra. O seu reino estendia-se por todo o globo. Foi ela que trouxe a Vida e o Amor ao nosso planeta. Julgava-se que a Grande Mãe era o centro da mais complexa magia alguma vez existente, pois ela tinha dado à luz belas e variadas espécies, que viveram durante muito tempo de forma prazerosa e saudável. E para que nada faltasse aos seus filhos, a Mãe Natureza proporcionou-lhes os mais diferentes lugares para viverem... desde as extensas florestas encantadas, a cordilheiras de montanhas imponentes, rios límpidos e oceanos de grandes profundidades. Nenhum pormenor escapou à Rainha da Terra que tudo tinha planeado com infinito amor. Mas a Natureza, apesar de tudo, era um pouco caprichosa... queria mais filhos...
E depois de algum tempo, nasceram os humanos...
Maravilhada com estes filhos dotados de inteligência, a Natureza deixou que eles vivessem com livre-arbítrio. Foi nesse momento que começaram os problemas. Em pouco tempo, os humanos esqueceram a importância da sua Mãe... O caos instalou-se...
Destruição de ecossistemas, desaparecimento de espécies animais, poluição de fontes de energia natural, contaminação do próprio ar, devastação de espaços vitais, tudo isso é o resultado da acção em prol de uma sociedade tecnológica. Eis como o Homem se esqueceu do mais importante, de si mesmo, da sua origem e do seu lugar...
E agora, tornou-se insustentável a existência humana dividida entre a Natureza e a Técnica... Chegou o momento de tomar uma nova decisão... deixar a Natureza morrer e consequentemente acelerar o processo de extinção da Humanidade ou ampliar a consciência e responsabilidade de uma Ética Ambiental no sentido de recuperar a nossa saúde e preservação da espécie?
Chegámos ao tempo sem tempo, este é pois o momento de tu decidires...
Por: Carla Sofia
Blog: Universos Questionáveis
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