Mas é do azul
É dessa cor primária,
Primeira,
Companheira de mais duas,
De que tanto gosto!
Não esqueço o amarelo
Inundando o horizonte
Decorando o Verão.
Tão pouco ignoro o vermelho,
Esbelto na forma,
Quando, ao desaguar nos lábios,
Lembra morangos…
Mas é para o azul que me volto,
Por não lhe encontrar monotonia.
Basta olhar as manhãs
Para pensar naquela cor.
Basta sentar-me à sombra doce das tardes
Para ter uma forma de céu.
Por isso
Teimo em escrever a esta cor,
Porque sei,
Tenho a certeza,
Que ela não esquecerá
As companheiras
E acabará eternizando na tela,
A paisagem que compõe com elas,
Ao tornar numa obra-prima
O esboço que fiz,
Enquanto olhava a fantasia
Dum prado que abraçou o sol,
Dum rio que a seu lado se deitou,
E daquelas árvores,
Quais lavradeiras,
Que depois da lida
Se sentam e conversam,
Tão bonitas, Tão trigueiras.
Por: Cristina Miranda
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